Cristianismo,  Reflexões,  Vida Cristã

As tradições e seus efeitos na nossa vida.

Conta uma certa história que um homem comprou um peixe no mercado e o levou para que sua esposa cozinhasse. Qual não foi sua surpresa ao ver o peixe sobre a mesa do almoço, preparado por sua esposa, sem a cabeça e sem o rabo. Curioso, ele lhe perguntou qual a razão para ter retirado a cabeça e o rabo, partes que ele também apreciava comer. Ela esclareceu que aprendeu isso com sua mãe e que, na sua família, ninguém comia cabeça e rabo de peixe porque não era “uma boa coisa” de se fazer. Intrigado com a resposta, na primeira oportunidade que teve, logo tratou de falar com sua sogra para saber mais sobre essa tradição familiar. Com o mesmo tom supersticioso, sua sogra lhe disse que isso era algo que tanto ela quanto suas irmãs aprenderam com a mãe e passaram para suas filhas. Realmente, naquela família, comer cabeça e rabo de peixe era visto como uma prática ruim, que não atrairia boas coisas. Como a vovó ainda era viva e a curiosidade era grande por conhecer a origem da tão inusitada tradição, o homem foi até a casa da avó de sua esposa para, definitivamente, solucionar a questão. A velha e simpática senhora, de pronto esclareceu o fato. Realmente ela nunca teve o interesse em preparar os peixes com cabeça e rabo, simplesmente porque eram as partes que ela menos gostava. Tratava logo de removê-las, pois não apreciava nem o cheiro, tampouco aqueles olhos do peixe olhando para ela durante as refeições. Essa prática ficou na família e foi passada para as gerações.

Essa história pode parecer uma coisa muito “boba” para se preocupar, mas nos leva a pensar o quanto determinadas situações nos restringem e nos limitam em nossos relacionamentos. Me veio à mente o filme “A vila”, em que uma sociedade e seus líderes mantinham toda uma comunidade isolada do mundo. Viviam de forma medieval, sem tecnologia, cercados por uma floresta tida como amaldiçoada, onde um terrível monstro atacava a todos que se aventurassem a deixar aquela vila. Essa fantasia mentirosa, criada pelos líderes da vila, manteve as pessoas isoladas da civilização por séculos.

 

O que há de errado nos tradicionais presépios?

 

Observando a cena tradicional nos presépios montados por ocasião do Natal, podemos encontrar uma situação que demonstra claramente como as tradições podem nos conduzir por caminhos alheios à verdade.

Na grande maioria dos presépios vemos a presença dos reis magos que vieram reverenciar o menino Jesus, nascido de Maria. A verdade bíblica relata que os tais reis magos visitaram Jesus e sua família muito tempo depois do seu nascimento. A visita se deu em uma residência e, seguindo a sequência cronológica dos acontecimentos bíblicos, ocorreu quando Jesus já estava com alguns meses de vida.

Você poderia me perguntar qual a relevância disso. Eu lhe responderia que o problema não está na gravidade deste fato em si, mas no perigo de outras tradições não tão ingênuas assim, que, por desconhecimento da verdade, podem afetar de forma intensa a nossa vida e os nossos relacionamentos.

 

Como conhecer a verdade?

 

A Bíblia nos alerta que há caminhos que para o homem parecem perfeitos, mas que o conduzem à morte. O apóstolo Paulo também nos alerta a prestarmos à Deus o que ele chamou de “culto racional”, ou seja, fazermos como o rapaz do peixe, que não se contentou com a história familiar da esposa, mas buscou conhecer a verdade.

Mas qual verdade? Em se tratando de Cristianismo, Jesus deixou bem claro que deixaria em seu lugar o Espírito Santo, ao qual chamou de “Espírito da verdade”, porque Ele seria responsável por nos guiar a toda a verdade. Portanto, temos hoje junto a nós toda a provisão de Deus para não cairmos no engano das tradições ou de qualquer outro tipo de mentira. Se nos faltar conhecimento, temos as escrituras sagradas. Se, lendo, nos faltar entendimento, temos o Espírito Santo, nosso professor. Se, ainda assim, nos faltar a fé, peça a Deus, e Ele, em sua infinita misericórdia nos dará fé em abundância, sem hesitar.

 

Até o próximo “Pensando Alto”…..

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