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Pecadinho ou pecadão. Quem vai atirar a primeira pedra?

Quando lemos a Bíblia e nos deparamos com uma situação como esta da mulher adúltera rodeada por uma multidão enfurecida, homens e mulheres com pedras na mão, prontos a condená-la publicamente à morte, tratamos logo de nos perguntar:

“Que grave pecado cometeu tal mulher, a ponto de ser cruelmente agredida e morta em público?”

Acredito que também poderíamos pensar se haveria outros pecados igualmente graves e passíveis de punição tão severa assim. Mas isso certamente nos levaria a raciocinar em sentido oposto, ou seja, que nesse caso haveria também os pecados sem peso algum, em uma escala razoavelmente simples que iria do “pecadinho ao pecadão”.

Olhando mais atentamente o texto de João 8, vemos que Jesus não disse “atire a primeira pedra quem não tiver cometido pecado de adultério. Ele se referiu simplesmente a qualquer tipo de pecado. E foi exatamente isso que perturbou a mente de todos os acusadores, levando-os a abandonarem o local, igualmente acusados pela própria consciência.

Não é o pecado em si, mas o seu efeito, a sua consequência que o torna mais ou menos intenso, no tocante aos valores que adquirimos em nossa experiência de vida. Facilmente colocamos pesos diferentes para os diversos “deslizes” que cometemos, baseados em uma escala totalmente particular de valores. Quando crianças dizíamos: “Fale o que quiser de mim, mas não ofenda a minha mãe”. Certamente tal fato era motivo de tapas e empurrões nas filas da escola. O que dizer, então, do pecado original? Adão e Eva foram expulsos do paraíso simplesmente porque comeram um fruto que lhes era proibido comer. Obviamente, não é a ação, mas a sua intenção, a quebra do princípio da obediência à vontade soberana de Deus. Na verdade, no tocante à Deus, todos os pecados têm a mesma intensidade. Desde a mentira até o crime de assassinato, todos têm o mesmo valor para Deus.

Por ser assim, Deus deu a mesma solução para todos os pecados, seu filho Jesus. Não importa o que fizemos ou ainda iremos fazer de errado em nossa vida, Jesus será sempre a resposta de Deus para o pecado. O que precisamos é estar prontos a buscarmos a Deus e não agirmos como aqueles homens que acusavam a mulher adúltera. Ir embora não é a forma de nos resolvermos com Deus e sim nos voltarmos para Ele. Se O buscarmos, Deus é fiel e justo para perdoar nossos pecados e nos purificar de toda a injustiça, como nos ensina o apóstolo João.

 

Até o próximo “Pensando Alto”…..

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